A consciência é uma coisa espantosa…infelizmente, muitas vezes, não nos lembramos de que ela é histórica e, como tal, fruto de um crescimento secular e mundano. O que em tempos vindouros, e ainda hoje em dia em outras culturas, é acto natural sem censura moralista, tornou-se pecado na cultura ocidental. Pecado esse (o da carne) que é retratado no filme com uma exposição artística soberba, mas que, tal como é dito por uma personagem (se a memória não me falha), trata no fundo apenas de sexo. Genial por parte de Kubrick (outra coisa não era de esperar) é a alusão aos rituais que se possam designar ‘satânicos’, mergulhando, assim, numa crítica à moral incutida por parte de um domínio católico prolongadíssimo que mais nada faz do que tornar o proibido ainda mais apetecido. Pois é, a consciência é uma coisa espantosa, sobretudo se nos esquecermos que ela foi tão bem induzida, tão bem inculcada que a nossa memória colectiva e individual já não se consegue dissociar dela.
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A consciência é uma coisa espantosa…infelizmente, muitas vezes, não nos lembramos de que ela é histórica e, como tal, fruto de um crescimento secular e mundano. O que em tempos vindouros, e ainda hoje em dia em outras culturas, é acto natural sem censura moralista, tornou-se pecado na cultura ocidental. Pecado esse (o da carne) que é retratado no filme com uma exposição artística soberba, mas que, tal como é dito por uma personagem (se a memória não me falha), trata no fundo apenas de sexo.
Genial por parte de Kubrick (outra coisa não era de esperar) é a alusão aos rituais que se possam designar ‘satânicos’, mergulhando, assim, numa crítica à moral incutida por parte de um domínio católico prolongadíssimo que mais nada faz do que tornar o proibido ainda mais apetecido.
Pois é, a consciência é uma coisa espantosa, sobretudo se nos esquecermos que ela foi tão bem induzida, tão bem inculcada que a nossa memória colectiva e individual já não se consegue dissociar dela.
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