

Blade Runner, de Ridley Scott (1982).
Ciclicamente vem-me a imagem e o expirar da frase – Time to die.
O replicant (não sabe quanto tempo ainda tem de vida) questiona e persegue o seu criador para obter a resposta.
Não tem passado. Procura antes um futuro.
Mata para o atingir. Mata para saber da Vida.
A opressão da incerteza – "How does it feel to live in fear?".
O paradoxo supremo. Criva-se com prego para se manter vivo. É isso a vida? Apenas Dor?
Exala “I've seen things you people wouldn't believe. (…) All those moments will be lost in time, like tears in rain. Time to die.”
Chuva cai. Morre. Acaba a sua existência permitindo a da pomba que liberta.
As questões fundamentais unidas – Amor e Morte.
A dúvida da Vida é a mesma que nos assola em relação ao Amor.
Quando dizer Time to die.
(este filme merecia tanto mais para ser dito mas falta-me “engenho e arte”)
Link para cena
http://www.blade-runner.it/multimedia/tears-eng.zip
6 comentários:
A começar pela OST... lindíssima!
Lindíssima mas, tal como aconteceu com a OST da "Missão", completamente banalizada e vulgarizada pelos ambientes sonoros de elevadores e hiper-mercados...
Simplesmente é um dos meus filmes preferidos, senão O Preferido...e de facto Ridley Scott, é um mestre...essa ultima cena é única!!!!
pois é, em relação ao lindíssimo filme de Scott de facto há muito mais a dizer...limito-me apenas, para quem estiver interessado, dar as indicações básicas bibliográficas do livro que serviu de base para este filme: Do Androids Dream of Electric Sheep? de Philip K. Dick. Autor excellente, que infelizmente morreu antes da estreia do filme.
Não te faltou engenho nem arte.
É um dos meus 10 filmes preferidos. Mas a minha lista dos 10 deve, na realidade, ter uma centana. Adoro bom cinema.
O Amor e a Morte são mesmo as questões fundamentais. Mas tal como existe a certeza de morrer, há a certeza de se poder amar. Isto não é retórica, é assim mesmo. Tenho de comprar este dvd.
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