segunda-feira, janeiro 16, 2006

Time to die


Blade Runner, de Ridley Scott (1982).

Ciclicamente vem-me a imagem e o expirar da frase – Time to die.
O replicant (não sabe quanto tempo ainda tem de vida) questiona e persegue o seu criador para obter a resposta.
Não tem passado. Procura antes um futuro.
Mata para o atingir. Mata para saber da Vida.
A opressão da incerteza – "How does it feel to live in fear?".
O paradoxo supremo. Criva-se com prego para se manter vivo. É isso a vida? Apenas Dor?
Exala “I've seen things you people wouldn't believe. (…) All those moments will be lost in time, like tears in rain. Time to die.”
Chuva cai. Morre. Acaba a sua existência permitindo a da pomba que liberta.
As questões fundamentais unidas – Amor e Morte.
A dúvida da Vida é a mesma que nos assola em relação ao Amor.
Quando dizer Time to die.

(este filme merecia tanto mais para ser dito mas falta-me “engenho e arte”)

Link para cena
http://www.blade-runner.it/multimedia/tears-eng.zip

6 comentários:

Esplanando disse...

A começar pela OST... lindíssima!

Alma disse...

Lindíssima mas, tal como aconteceu com a OST da "Missão", completamente banalizada e vulgarizada pelos ambientes sonoros de elevadores e hiper-mercados...

Bitchoman disse...

Simplesmente é um dos meus filmes preferidos, senão O Preferido...e de facto Ridley Scott, é um mestre...essa ultima cena é única!!!!

lobo das estepes disse...

pois é, em relação ao lindíssimo filme de Scott de facto há muito mais a dizer...limito-me apenas, para quem estiver interessado, dar as indicações básicas bibliográficas do livro que serviu de base para este filme: Do Androids Dream of Electric Sheep? de Philip K. Dick. Autor excellente, que infelizmente morreu antes da estreia do filme.

q.crescente disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Isabela Figueiredo disse...

Não te faltou engenho nem arte.
É um dos meus 10 filmes preferidos. Mas a minha lista dos 10 deve, na realidade, ter uma centana. Adoro bom cinema.
O Amor e a Morte são mesmo as questões fundamentais. Mas tal como existe a certeza de morrer, há a certeza de se poder amar. Isto não é retórica, é assim mesmo. Tenho de comprar este dvd.