segunda-feira, dezembro 18, 2006

Código de barras


Hoje de manhã acordei e tinha um código de barras tatuado.
Impedia-me de fumar, de pensar sequer num mísero bafo nicotínico.
Ainda que no recanto do meu quarto.
Fui para a sala e no lugar da proibida árvore da Natal estava um monte de branco. Inodoro, frio e parado.
Na cozinha mais branco.
Nem vestígios de sangue, espinhas, ossos ou algo que recordasse vida.
Apenas plástico a embrulhar branco.
Branco por todo o lado e igual a todo o branco.
Excepto o negro do meu código de barras.

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