quinta-feira, abril 06, 2006

De um tempo...



De um tempo em que quando não havia bola jogava com lata ou pedras…
De um tempo em que se escolhiam os companheiros e os adversários eram logo identificados…
De um tempo em que o prazer era total e era aquilo mesmo…
De um outro tempo em que a minha avó, depois de o meu pai e amigos terem construído durante a noite o campo, lhes cortou a bola com uma faca, porque se podiam aleijar…
De um tempo em que não queria saber delas porque elas não jogavam…e aquele jogo era tudo…
De um tempo em que acordei uma manhã e tinha uma bola nova ao lado cama…acho que nunca mais sorri assim…
De um tempo em que a minha mãe berrava até mais não e eu respondia “Só falta mais um golo!!”…

Como gostei deste tempo…

P.S.- Obrigado Miguel pelo “aviso”…
(ver o filmes “Equipo” e “Partido”)

4 comentários:

Ana disse...
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Salseira disse...

Eu não consigo ver... :(

Ana disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Ontem vi o Aniki-Bobó sem ser na televisão. Na assistência, um grupo de surdos, e à frente uma tradutora vertia os diálogos para língua gestual...
Mas não era preciso: a gramática cinematográfica de Manuel de Oliveira (em 1942 ainda era «Manuel» com «u») chegava para se entender tudo.